Neste sábado, dia 12 de abril, representantes de 25 nações de maracatu de baque virado em Pernambuco participarão de uma formação inédita voltada à preservação patrimonial. A ação marca o início do projeto “Vivências Naná”, que homenageia o legado do percussionista Naná Vasconcelos (1944–2016), reconhecido mundialmente por sua contribuição à música e à cultura popular.
O encontro será realizado no Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro (Muafro), localizado no Bairro do Recife, e ocorre em articulação com a Amanpe (Associação das Nações de Maracatus de Pernambuco).
Preservação dos acervos culturais e fortalecimento da identidade
A formação busca fortalecer os conhecimentos dos representantes dos maracatus em áreas como:
O objetivo é capacitar os próprios grupos para que possam preservar sua memória, identidade e história, utilizando ferramentas práticas e acessíveis.
Projeto inclui ciclo formativo e restauro do acervo de Naná
O “Vivências Naná” tem curadoria e supervisão de Patrícia Vasconcelos, viúva do músico, e concepção e produção de Amaro Filho. O projeto integra o processo de restauração e catalogação do acervo pessoal de Naná Vasconcelos, atualmente em andamento no Muafro, com coordenação da equipe Arte Sobre Arte Conservação e Restauro, liderada pela restauradora Débora Assis Mendes.
Segundo Amaro Filho, o objetivo do projeto é ampliar o alcance do legado de Naná, promovendo ações formativas que valorizem e empoderem os grupos culturais tradicionais.
“Queremos que os grupos se sintam protagonistas desse processo e tenham as ferramentas para cuidar da sua própria história”, destacou o produtor cultural.
Outros encontros estão previstos
O projeto prevê mais dois encontros formativos, além do evento deste sábado. As próximas etapas serão voltadas para:
Essas atividades visam ampliar o impacto do projeto, envolvendo diferentes públicos e segmentos da sociedade.
Financiamento e apoio institucional
A iniciativa é financiada por emenda parlamentar do deputado estadual João Paulo (PT), com execução da Fadurpe (Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional), além de contar com o apoio da Fundarpe e do Governo de Pernambuco.