Na manhã desta quarta-feira (15), um vendedor ambulante de brinquedos foi preso sob suspeita de estupro de vulneráveis na cidade de Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife. A informação foi confirmada pelo delegado Augusto Castro, titular da Delegacia do Cabo, em coletiva realizada na quinta-feira (16).
Segundo o delegado, o suspeito utilizava sua atividade de venda de brinquedos como isca para atrair crianças de 9 a 12 anos, conduzindo-as a locais isolados, como parques e praias, onde os abusos teriam ocorrido.
Denúncia ao Conselho Tutelar e primeiras medidas
O caso foi denunciado ao Conselho Tutelar do município há dois dias, que rapidamente acionou a polícia. A partir da denúncia, foi registrado um boletim de ocorrência e instaurado um inquérito policial.
As vítimas foram encaminhadas para perícia sexológica, enquanto testemunhas começaram a ser ouvidas. De acordo com Augusto Castro, "todas as providências foram tomadas para investigação detalhada do caso".
Prisão e perfil do suspeito
O suspeito foi capturado por populares nas proximidades da Avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife. A prisão foi realizada com base em um mandado de prisão preventiva.
Apesar de não ter o nome ou a idade divulgados, informações preliminares indicam que o homem já era alvo de outras denúncias, incluindo exploração de trabalho infantil, que também será investigada.
Modus operandi e contexto dos crimes
De acordo com o delegado, as vítimas relataram que recebiam dinheiro em troca dos abusos, uma característica que dificulta a revelação de casos semelhantes.
"Estupro de vulnerável é um crime que ocorre de forma silenciosa, devido à condição das vítimas, que são intimidadas ou não compreendem a gravidade dos atos. A investigação seguirá apurando o número de vítimas e o tempo de atuação do suspeito", explicou Castro.
Os locais dos crimes, identificados como parques e praias, serão analisados como parte da investigação, e testemunhas estão sendo ouvidas de maneira sigilosa.
Reação e continuidade das investigações
O caso causou revolta na comunidade, e as autoridades destacaram o papel fundamental do Conselho Tutelar e da denúncia popular para trazer à tona crimes contra crianças.
"Este é um crime abominável e silencioso. Estamos empenhados em apurar todos os detalhes para garantir justiça às vítimas e evitar que outros casos similares ocorram", concluiu o delegado Augusto Castro.
As investigações continuam de forma sigilosa, com expectativa de novas revelações sobre o número de vítimas e a amplitude dos crimes cometidos pelo suspeito.