Ednaldo Santana, que usava uma tornozeleira eletrônica devido a uma medida protetiva concedida à sua ex-esposa por histórico de ameaças e perseguições, violou a restrição ao se aproximar da vítima no bar Vapor 82. A ex-esposa, de 37 anos, estava acompanhada de amigas no momento do ataque, ocorrido por volta das 23h.
Segundo testemunhas, ao perceber que o dispositivo de proteção havia disparado devido à proximidade de Ednaldo, a mulher recusou a solicitação do agressor para desligá-lo. Ele então deixou o local, mas retornou armado, disparando contra as vítimas.
Vítimas Feridas e Estado de Saúde
O ataque deixou três mulheres feridas:
Após o ataque, Ednaldo tentou tirar a própria vida com um tiro na boca, mas foi socorrido com vida pela Polícia Militar (PM-PE). Ele está internado no Hospital Getúlio Vargas (HGV), sob custódia policial.
As vítimas também foram encaminhadas para unidades de saúde. A ex-esposa e a amiga seguem internadas no HGV, enquanto a terceira mulher foi atendida na UPA da Caxangá. O estado de saúde das três é considerado estável.
Investigações e Consequências Legais
A Polícia Civil de Pernambuco classificou o caso como tentativa de feminicídio e tentativa de homicídio. Ednaldo Santana, impossibilitado de falar devido ao ferimento na boca, permanece sob investigação. A polícia afirmou que as apurações seguem em andamento para concluir os detalhes do caso.
Alerta para o Ciclo da Violência Contra a Mulher
Este caso ressalta a gravidade da violência doméstica e do feminicídio no Brasil. Apesar da medida protetiva e do monitoramento eletrônico, o agressor conseguiu atentar contra a vida de sua ex-companheira e de outras duas mulheres.
A violação das medidas protetivas e o histórico de ameaças reforçam a necessidade de maior rigor e fiscalização em casos de violência contra a mulher. Além disso, ações educativas e suporte psicológico são essenciais para quebrar o ciclo de violência e proteger vítimas em situações de risco.
Denúncia é Fundamental
Casos de violência contra a mulher podem ser denunciados pelo número 180, que funciona 24 horas por dia e garante anonimato. A denúncia é um passo essencial para salvar vidas e combater o feminicídio.