A Justiça de Pernambuco decretou a prisão preventiva do jovem de 18 anos que dirigia sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) a caminhonete Hilux envolvida no grave acidente de trânsito que vitimou fatalmente duas pessoas, no bairro Monte dos Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife.
O sinistro ocorreu na manhã da segunda-feira (14) e envolveu uma colisão frontal entre a Hilux, conduzida pelo jovem, e uma Parati onde estava uma família. Com o impacto da batida, a Parati foi completamente destruída, resultando na morte imediata de um bebê recém-nascido e do pai da criança, que dirigia o veículo.
Jovem dirigia acompanhado do pai
De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, o jovem estava na direção da caminhonete acompanhado do pai, de 48 anos, quando houve a colisão. Ambos foram presos em flagrante logo após o acidente.
As acusações iniciais incluíram:
Após os procedimentos na Delegacia de Prazeres, pai e filho ficaram à disposição da Justiça.
Prisão preventiva decretada
Segundo o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o jovem foi submetido à audiência de custódia na terça-feira (15). Durante a sessão, a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, decisão que mantém o acusado detido por tempo indeterminado enquanto o caso segue sob investigação judicial.
Ele foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), localizado em Abreu e Lima, também na Região Metropolitana. O TJPE, no entanto, não confirmou se o pai do jovem também passou por audiência de custódia ou qual será a sua situação jurídica.
Mãe e filha seguem em recuperação
As sobreviventes da Parati, uma jovem de 20 anos (mãe do bebê) e a outra filha do casal, de apenas 2 anos, foram socorridas e levadas ao Hospital da Restauração (HR), no Derby, área central do Recife. Segundo boletim médico, ambas deram entrada conscientes e seguem em acompanhamento médico.
Comoção e revolta
O caso gerou forte comoção nas redes sociais e entre os moradores da região, principalmente pela tragédia envolvendo uma família jovem. O fato de o condutor não possuir habilitação e de estar acompanhado do pai, que permitiu a condução do veículo, também levantou indignação pública e questionamentos sobre a responsabilidade dos pais em casos assim.
Dolo eventual e consequências legais
A acusação de homicídio de trânsito com dolo eventual indica que a Justiça entende que o jovem assumiu o risco de causar o acidente ao dirigir sem habilitação. Essa tipificação pode levar a penas mais severas, já que afasta a ideia de que o acidente tenha sido meramente culposo (sem intenção).
O caso segue em investigação pela Polícia Civil e sob análise do Ministério Público e do Poder Judiciário. A sociedade acompanha com atenção os desdobramentos, enquanto a família das vítimas lida com uma perda irreparável.