Faleceu, aos 57 anos, na manhã desta quinta-feira (19), o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Pernambuco, Gilberto Sobral, conhecido como Giba. Ele estava internado desde o último sábado (14) em um hospital particular no Recife, onde buscava atendimento de urgência.
Casado com o jornalista Álvaro Lopes, Giba teve uma trajetória profundamente marcada pela dedicação à cultura e ao patrimônio histórico. Informações sobre o velório e o sepultamento ainda não foram divulgadas pela família.
Legado de Gilberto Sobral na Cultura Pernambucana
Com uma carreira amplamente reconhecida, Gilberto Sobral desempenhou papéis importantes como secretário titular e executivo de Patrimônio e Cultura de Olinda, nos anos de 2017, 2018 e 2022. Durante sua gestão, coordenou a realização de dois carnavais em Olinda, um dos eventos culturais mais emblemáticos do Brasil.
Entre seus marcos, destacam-se:
Giba também atuou na reestruturação do Conselho Municipal de Política Cultural do Recife, contribuindo para a formulação de políticas culturais democráticas e inclusivas.
Luto e Homenagens
A morte de Giba gerou comoção em Pernambuco. O prefeito de Olinda, Professor Lupércio (PSD), decretou luto oficial de três dias e lamentou a perda:
“Giba teve grande destaque na cultura pernambucana. Que Deus conforte toda a família e os amigos neste momento tão difícil.”
A Secretaria de Cultura e a Fundação de Cultura do Recife também emitiram uma nota de pesar, destacando a dedicação de Gilberto Sobral à cultura:
“Gilberto foi um homem público de larga experiência, que dedicou a vida inteira à cultura e à construção coletiva e democrática de políticas culturais. Sua contribuição foi essencial para a reestruturação do Conselho Municipal de Política Cultural do Recife, mirando sempre novos caminhos culturais.”
O Legado de Giba para o Patrimônio e a Cultura
Giba não apenas trabalhou na preservação do patrimônio cultural, mas também ajudou a promover a participação popular na construção de políticas culturais. Sua gestão foi pautada pela sensibilidade e pelo compromisso com o diálogo democrático, marcando profundamente o cenário cultural de Pernambuco.
Sua partida precoce deixa uma lacuna no setor cultural, mas também um legado inspirador que continuará a guiar iniciativas de preservação e valorização do patrimônio histórico e artístico no estado e no país.