O Governo de Pernambuco, representado pela governadora em exercício Priscila Krause, apresentou as principais ações do programa Águas de Pernambuco durante a reunião da Câmara Temática de Segurança Hídrica do Consórcio Nordeste (CNE). O evento, realizado no Recife, contou com a presença de representantes do Governo Federal e do Banco Mundial (BM) e fez parte da programação do II Seminário Internacional sobre a Iniciativa de Segurança Hídrica para o Nordeste.

Investimentos em Infraestrutura e Saneamento

A iniciativa estadual tem garantido investimentos bilionários em obras estruturadoras que visam melhorar o abastecimento de água e o saneamento no estado. Entre as ações destacadas, estão:

• Ampliação de adutoras, incluindo o destravamento da Adutora do Agreste e da Adutora de Serro Azul
• Expansão da rede de esgoto, como a Estação de Tratamento do Cabanga, que atende 50% da população do Recife
• Sistemas de abastecimento simplificados para comunidades rurais
• Melhoria do fornecimento de água para áreas de morros na Região Metropolitana

“O programa tem sido essencial para viabilizar investimentos na segurança hídrica do estado. Pernambuco tem trabalhado para garantir acesso à água e ao saneamento por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Saneamento e da Compesa”, destacou Priscila Krause.

R$ 6,1 Bilhões Aplicados no Setor Hídrico

Com um investimento total de R$ 6,1 bilhões, o Águas de Pernambuco tem promovido melhorias significativas, como:

• Conclusão do Sistema Integrado do Agreste
• Construção de novas barragens
• Reestruturação de unidades existentes
• Substituição de equipamentos e adoção de novas tecnologias

O evento também reforçou a posição de Pernambuco como líder da temática de recursos hídricos dentro do Consórcio Nordeste, o que permite ao estado organizar encontros técnicos e influenciar decisões estratégicas sobre o setor.

“Estamos discutindo carteiras de investimento que podem ser financiadas pelo Banco Mundial para diferentes estados do Nordeste. A participação de representantes do Ministério da Integração, Agência Nacional de Águas (ANA) e Fundação Nacional de Saúde (Funasa) mostra a relevância desse tema”, destacou o secretário de Recursos Hídricos de Pernambuco, Almir Cirilo.

Segurança Hídrica e o Marco Legal do Saneamento

Um dos principais temas abordados no seminário foi a implementação do Marco Legal do Saneamento (Lei Federal nº 14.026/2020), que determina que até 2033:

• 99% da população brasileira deve ter acesso à água potável
• 90% deve contar com coleta e tratamento de esgoto

O Banco Mundial reforçou a importância da cooperação entre os estados para atingir essas metas. “O Programa Integrado de Segurança Hídrica para o Nordeste busca estruturar ações de governança e gestão, além de investimentos em infraestrutura, para fortalecer a segurança hídrica da região”, explicou Paula Freitas, especialista do Banco Mundial.

Próximos Passos e Expectativas para 2025

O evento também debateu soluções para lidar com eventos climáticos extremos, como secas e enchentes, que impactam diretamente a segurança hídrica no Nordeste.

“A ideia é reunir todos os estados da região para discutir estratégias de regulação e ampliação da infraestrutura hídrica”, afirmou a presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Verônica Sánchez.

Já o subsecretário do Consórcio Nordeste, Anselmo Castilho, enfatizou que a segurança hídrica é um desafio estratégico e que eventos como este fortalecem a interlocução com o governo federal.

Para 2025, o Banco Mundial e as entidades participantes planejam novos encontros e a ampliação do programa para garantir melhorias no saneamento básico e na distribuição de água em todo o Nordeste.

A segurança hídrica é um dos pilares para o desenvolvimento sustentável da região e um dos principais desafios enfrentados pelos estados nordestinos. O programa Águas de Pernambuco segue como uma referência nacional nesse setor.